Wednesday, January 25, 2006


Venn, o Átomo feliz


Venn é um átomo feliz. Compartilha com seus progenitores a alegria de ser um átomo. Um dia, andando pelo corredor de um ônibus, procurando uma cadeira para sentar, escutei uma voz, que na verdade pareceia um assovio, me chamando até pelo nome. Era Venn! Ele, ao contrário de todos os outros átomos do universo, não é cego. Na verdade, todos os átomos tem olhos... dois olhos. Porém um se encontra no orbital "p" (3p, para ser mais preciso...) e o outro no orbital "d" (5d). É bastante óbvio que os átomos que não apresentam tais orbitais pelo seu reduzido número atômico são, sim, cegos... mas mesmo os que apresentam os dois olhos, ou mesmo apenas um dos olhos, é considerado um átomo cego, pois a velocidade incrivel em que se locomove os olhos devido às caracteristicas tanto translocacional em relação ao núcleo, quanto rotacional em relação ao seu próprio eixo, o fazem cegos com olhos. A estória de Venn é uma estória triste e feliz ao mesmo tempo. Mutações acumuladas através de gerações e gerações da família de Venn o fizeram ter seus dois olhos alocados no núcleo. Um dos olhos é um prótom, e outro um nêutron... uma vitória para os atomianos. Essa é a parte feliz da estória. A parte triste se refere ás consequencias que ter olhos no núcleo pode causar a um átomo. Por ser um átomo de Tungstênio, cujo número atômico é 74, Venn apresenta muitos elétrons girando em torno de seus olhos. Dizia 2 palavras e desmaiava de enjôo. Ele viveu por apenas 2 dias, pois devido sua fraqueza, acabou retirando de si o olho-próton, perdendo um número atômico e se transformando em um átomo de Tantálio (73). Quanto ao olho-nêutron... bom... ele era neutro, não adiantaria retirá-lo. Sabe-se, segundo a mitologia Tantaliana, que um átomo de Tantálio deve ser legítimo. Como Venn era ilegítimo, acabou sendo expulso do mundo periódico da tabela e hoje é um átomo inerte, perdido, sem fim nem início, até que sofra uma radiação. Foi um dia muito triste para todos que estavam no ônibus e que ouviram aquela estória.

É... Venn nem é um átomo tão feliz assim...

Friday, January 20, 2006

A Praga do Egito

O sentimento que se toma em mãos apenas para observar nos agarra pelas orelhas e nos acomete de desejos dominados por ele. Assim, com ele, vem-se as piores pragas, tais quais as supostas egipcias, que se pode imginar. O amor é uma dádiva ao homem, assim como o Nilo também o é para o Egito. Até aí, tudo em comum... a comunhão de informações ultrapassa a barreira da literatura poética e chega à realidade cruel e impiedosa do amor... as pragas que carrega consigo fazem do amor uma falsa dádiva, uma verdadeira maldição. Não é apenas a rima que une amor e dor, mas sim a reciprocidade em sua incapacidade de se manifestar. Não é apenas cruel e infame, é sagaz e insentimental... que ironia do destino... Amor, o maior dos sentimentos, é insentimental. Além da dor, falsas felicidades... não sabemos o que é pior... a tristesa, também impregnada nos entreversos do amor, ou falsa felicidade... sempre culminante nos momentos de dor. Outras pragas fazem do amor a maldição que é... desilusão, humilhação, lágrimas... o amor só é dadiva para aqueles que sucumbem à sua perspicácia... o amor só é dádiva àqueles que o veêm como possível dor... amor deve significar, antes de tudo, equilibrio para poder suportar as piores crises existenciais já impostas ao homem. A pergunta,, neste caso, não deve ser "quem sou? por que sou?" mas sim "quem é? por que é?".