Friday, January 20, 2006

A Praga do Egito

O sentimento que se toma em mãos apenas para observar nos agarra pelas orelhas e nos acomete de desejos dominados por ele. Assim, com ele, vem-se as piores pragas, tais quais as supostas egipcias, que se pode imginar. O amor é uma dádiva ao homem, assim como o Nilo também o é para o Egito. Até aí, tudo em comum... a comunhão de informações ultrapassa a barreira da literatura poética e chega à realidade cruel e impiedosa do amor... as pragas que carrega consigo fazem do amor uma falsa dádiva, uma verdadeira maldição. Não é apenas a rima que une amor e dor, mas sim a reciprocidade em sua incapacidade de se manifestar. Não é apenas cruel e infame, é sagaz e insentimental... que ironia do destino... Amor, o maior dos sentimentos, é insentimental. Além da dor, falsas felicidades... não sabemos o que é pior... a tristesa, também impregnada nos entreversos do amor, ou falsa felicidade... sempre culminante nos momentos de dor. Outras pragas fazem do amor a maldição que é... desilusão, humilhação, lágrimas... o amor só é dadiva para aqueles que sucumbem à sua perspicácia... o amor só é dádiva àqueles que o veêm como possível dor... amor deve significar, antes de tudo, equilibrio para poder suportar as piores crises existenciais já impostas ao homem. A pergunta,, neste caso, não deve ser "quem sou? por que sou?" mas sim "quem é? por que é?".

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