tag:blogger.com,1999:blog-212283152024-03-13T07:53:22.150-07:00Diga-me com quem andas que eu te direi que és você mesmo, sempre.Enquanto tento descrever meu blog, enquanto tento dar uma rápida explicação sobre o que eu pretendo com ele, faço uma pergunta a você. Gostaria mesmo que eu o descrevesse... será tão mais fácil não pensar nisso...Marcelo (Sal)http://www.blogger.com/profile/16670734376914240687noreply@blogger.comBlogger36125tag:blogger.com,1999:blog-21228315.post-87857667718129712802010-11-27T14:24:00.000-08:002010-11-27T14:56:58.292-08:00<p style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal" align="center"><span style="font-family:Times New Roman;">SOBRE GREVE, MÍDIA E CAOS NO ES</span></p><p style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal"><span style="font-family:Times New Roman;"></span></p><p style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal"><span style="font-family:Times New Roman;">Pessoal, não sei como vocês têm acompanhado a greve de ônibus da Grande Vitória. Eu acompanho MUITO de perto porque sou usuário assíduo do Transcol, e como muitos, fui prejudicado.<?xml:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" /><o:p></o:p></span></p><p style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal"><span style="font-family:Times New Roman;"><o:p></o:p></span></p><p style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal"><span style="font-family:Times New Roman;">Agora, é de se discutir os motivos da revolta da população que levou a uma cena de vandalismo por parte dos usuários na BR 262 na última sexta-feira que levou à depredação de vários ônibus e a paralisação TOTAL do sistema transcol por toda manhã e grande parte da tarde.<o:p></o:p></span></p><p style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal"><span style="font-family:Times New Roman;"><o:p></o:p></span></p><p style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal"><span style="font-family:Times New Roman;">Um dos motivos, pelo menos é o que muitos ainda insistem em dizer, é a falta de conhecimento da população sobre seus direitos. Agora vejam: se a população não conhece nem os seus direitos individuais, como dizem os estudiosos, quem dirá os direitos do outro, do coletivo, das diferentes classes sociais e sindicais. Greve é direito constitucional e ela pode ser deflagrada até que uma decisão judicial que afirme ou reafirme benefícios seja tomada. Assim, os grevistas estão em seu total e pleno usufruto de direitos e nada podemos fazer, a não ser, por que não, nos juntar a eles, nos movimentar e reivindicar a mais rápida possível decisão por parte da justiça. Prova maior da pertinência deste movimento foi o indeferimento de um juiz do trabalho para o pedido de finalização da greve por parte da GVBus e do Setpes. Aliás, diga-se de passagem, estes são os verdadeiros culpados pela situação. Já pararam para conversar com motoristas e cobradores sobre o dia a dia de trabalho deles? Façam isso. Há maçãs podres no meio do cesto? Óbvio. Mas o exercício é simples: colocar-se no lugar deles, em muitas situações.<o:p></o:p></span></p><p style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal"><span style="font-family:Times New Roman;"><o:p></o:p></span></p><p style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal"><span style="font-family:Times New Roman;">Outro motivo, atrelado indiretamente aos expostos acima, diz respeito ao papel da mídia fútil e hipócrita do nosso estado. Acompanho a CBN e, quando em casa, a TV Gazeta e é impressionante a sutileza dos comentários maldosos sobre a greve. Frases que finalizam a reportagem acabam desestabilizando o usuário estressado e duvidoso e, consequentemente, a paz. O último a ser entrevistado é, claro, um usuário insatisfeito, mesmo após ter havido argumentos bem convincentes de representantes dos motoristas para comprovar as afirmações infundadas da própria mídia. "E quem mais sofre, são os usuários". "Mas a impressão que temos é que não há metade da frota em circulação". "Vamos ver até quando a população aguentará essa situação". "AINDA não há nenhum sinal de tumulto no Terminal Laranjeiras". Ouvi a entrevista de uma cientista política dizendo que a população está mostrando maturidade ao aceitar a greve e questionar a pertinência em detrimento do mérito (justo) do movimento. O âncora em questão, numa demonstração de "sabedoria extrema", numa atitude simplesmente "genial", disse: "mas e onde estão sendo cumpridos os direitos constitucionais da população que por causa da greve não pode trabalhar?". Céus! Os responsáveis por isso não são os motoristas, mas os geradores da insatisfação deles! Nessa mesma manhã, a CBN colocou um repórter em cada terminal rodoviário e de 5 em 5 minutos o âncora os contactava ao vivo para questionar, PURA E SIMPLESMENTE, com essas palavras "como está a situação por aí? Alguma confusão?". Ou seja, onde está o papel da mídia de informar, conscientizar, ler e reler a situação, contribuir para a manutenção da ordem através da percepção real dos fatos? A Gazeta faz de tudo para mostrar a "situação de desconforto social" por parte dos usuários por causa da greve, culpando nas entrelinhas os grevistas, e em nenhum momento cita a incapacidade dos sindicatos patronais (GVBus, SETPES) em dar um passo à frente, fazer um algo a mais, para ajudar a população. Não! A ajuda à população tem que partir única e exclusivamente dos motoristas e cobradores, que devem aceitar a imposição salarial e de condições desumanas de trabalho por parte das empresas e por isso devem voltar ao trabalho, com o rabinho entre as pernas, para não deliberar a ira do povo pobre politicamente. As manchetes do Jornal Impresso, de capa, claro, quase dizem: "revoltem-se!".<o:p></o:p></span></p><p style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal"><span style="font-family:Times New Roman;"><o:p></o:p></span></p><p style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt" class="MsoNormal"><span style="font-family:Times New Roman;">Acho que o que temos, no fundo, é uma inveja das classes organizadas. Quem dera, hein, amigos, podermos fazer greve quando nos sentirmos insatisfeitos com as condições de nosso trabalho e o diálogo não ter sido salutar. Podemos? Claro! Mas advogados, farmacêuticos, médicos, professores de instituições privadas, engenheiros, designers são muito menos organizados do que muitas outras classes, inclusive a dos rodoviários. Eles fazem cumprir um direito deles. Nós não. A pobreza política, baseada numa cultura histórica de submissão ao patronato e ao capital, nos fez desorganizados. Agora, não vamos refutar as classes que passaram por cima disso e que de organizadas acabam gerando movimentos que incentivam muitos outros setores da população a reivindicar também. Se a mídia ajudasse, ajudaria bastante. O papel da mídia, me parece, é desconscientizar ao invés de conscientizar. Emburrecer ao invés de acrescentar. Bitolar ao invés de informar. Ela quer é espetáculo. E conseguiu. Fomos parar até nas edições nacionais dos jornais da globo, mesmo em meio à Guerra Civil no Rio de Janeiro: viva! Ponto para o Mário Bonela.<o:p></o:p></span></p>Marcelo (Sal)http://www.blogger.com/profile/16670734376914240687noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-21228315.post-91398572378114489302009-12-11T05:56:00.000-08:002009-12-11T06:06:40.561-08:00Entre tantas curiosidades que descubri nos últimos anos está a óbvia máxima de que o equilíbrio da vida é um bem (ou mal) necessário. Aliás, essa é a conclusão a que cheguei: o bem e o mal, irmãos gêmeos em tudo, daqueles que adquirem não só características físicas semelhantes, mas também características subjetivas, são a pedra fundamental da harmonia entre o existir e o resistir. Felizes uns, tristes outros... ou mesmo felizes e tristes estes mesmos "uns" ou estes mesmos "outros". A vida é bela não porque é manifestação de felicidade. A vida é bela porque é o meio pelo qual os sentimentos se difundem. Sejam eles bons ou ruins. E viver trata-se de entender que o equilíbrio dos sentimentos é uma razão da sobrevivência. Feliz pra mim, triste pra ele. Triste pra mim, feliz pra ele.Marcelo (Sal)http://www.blogger.com/profile/16670734376914240687noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-21228315.post-82802454645665617442009-09-25T08:15:00.000-07:002009-09-25T08:18:07.719-07:00<div align="center"><strong><span style="font-size:130%;">Agradecer, agradecer... reconhecer!*</span></strong></div><span style="font-size:130%;"></span><br /><div align="justify"><span style="font-size:130%;">“Agradecimento”, no dicionário, significa “reconhecimento”. Eis uma virtude que vem sendo negligenciada pelo ser humano nestes tempos “modernos”. Tentarei aqui ir contracorrente a isso. Ninguém chega a algum lugar sozinho. Aliás, ninguém é alguém se estiver sozinho. Portanto, cada parágrafo destes agradecimentos representará passos importantes que me conduziram até aqui.</span></div><span style="font-size:130%;"><div align="justify"><br />A caminhada da nossa vida requer que prestemos bastante atenção nas pessoas. Todas elas. É necessário que valorizemos os momentos com elas, o aprendizado a partir delas, a sabedoria e a amizade sentidas por elas e para elas, além, claro, das frustrações para com algumas delas. Mais do que conhecer as pessoas, precisamos reconhecê-las, ou seja, agradecê-las.</div><div align="justify"><br />Comecemos pelos meus professores, desde o pré, passando por todos do ensino fundamental, na Escola David Roldi, em São Roque do Canaã, os excêntricos e ótimos professores do ensino médio, no CEFETES, unidade de Colatina, chegando aos meus queridos mestres do curso de nutrição na UFV, culminando naqueles do mestrado que concluo agora. Personalizo este agradecimento geral, homenageando a Profª. Marta, pela atenção dada à realização deste trabalho, como orientadora e conselheira, em momentos em que eu achei que não seria possível, especialmente na sua conclusão. A todos meus sinceros agradecimentos pelo respectivo degrau que me ajudaram subir.</div><div align="justify"><br />Aos amigos. Nomeá-los seria impossível. Cada um teve seu papel desempenhado com maestria. Como os queridos, eternos e especiais amigos da eterna “Turma M5” de meu ensino médio, com todos os seus “Zés” e “Marias”, que são a prova viva de que amizade verdadeira e sincera é feita pra existir pra sempre. Além destes, os muitíssimos amigos e (muito mais) amigas da minha vida universitária, especialmente do curso de nutrição, movimento estudantil e da minha república. Agradeço também aos amigos da turma 2007 do mestrado em saúde coletiva, com os quais passei momentos agradáveis, de soma intelectual e pessoal em minha formação. Finalmente, aos amigos que não se encaixam nestas denominações, mas que não possuem importância menor por isso. A presença de cada um foi fundamental para eu me sentir presente na minha própria caminhada. A todos vocês, meu sincero “obrigado” por fazerem da minha vida, um pedacinho das suas, e vice-versa, e por isso mesmo, torna-la mais interessante de se viver. No bojo desta lista, cabe inserir muitos pais, mães, alguns tios, tias e avós destes amigos, que sempre me acolheram tão bem em suas casas e que, por vezes, foram fonte de ajuda em momentos tão difíceis. </div><div align="justify"><br />À Maria Fernanda, minha amada companheira, pela paciência, pelo amor, pela alegria diante de minhas vitórias, além dos deliciosos e motivadores lanches nos intervalos dos meus estudos. Todo esse carinho foi essencial para que eu não perdesse o foco. Obrigado por tudo. Obrigado também à sua família, os “Araujos”, que me acolheram tão bem nos dois últimos anos.</div><div align="justify"><br />À minha família tão amada. Primeiramente, meus sobrinhos, João Victor, Pedro Lucas e Maria Eduarda (Duda), que, quando me sentia adulto demais, me faziam lembrar da beleza de ser uma eterna criança. Aos meus irmãos, de sangue ou não, Fredson, Daniela, Adrieli, e Andreson, pela paciência com minha ausência e pela eterna força e incentivo para que eu seguisse até aqui, sem questionar privilégios ou esboçar qualquer manifestação de descontentamento. Aos meus cunhados por fazerem meus irmãos e sobrinhos felizes. Aos meus tios, tias e à minha avó, pelo exemplo de convivência em família, unida e fraterna. Em especial, agradeço à Tia Marlene, e toda sua família, por me constituírem filho adotivo e me tratarem com tanto zelo e carinho. Pelos meus pais, que não importa o quanto de linhas, parágrafos ou páginas de agradecimento venha a escrever direcionados a eles, será sempre (sempre!) insuficiente para demonstrar a gratidão infinita que sinto pela presença deles em minha vida.</div><div align="justify"><br />Não poderia deixar de agradecer aos membros do Conselho Municipal de Saúde de Vitória, especialmente àqueles que participaram diretamente da pesquisa. O conhecimento adquirido com os relatos destas pessoas enriqueceu o trabalho e o trabalhador, no caso, o pesquisador. A Rafael Vulpi, secretário do Conselho, pela paciência e colaboração no decorrer do processo de coleta de dados. </div><div align="justify"><br />Em fim, obrigado àquele, por muitos chamado de Deus, pela presença em minha vida, mesmo quando eu mesmo a questionei. </div><div align="justify"><br />A todos, muito obrigado. A caminhada foi mais prazerosa com suas presenças.</span></div><span style="font-size:130%;"></span><br /><span style="font-size:85%;">*<em> Agradecimentos feitos em minha dissertação, que no momento está prestes a ser julgada em minha defesa.</em></span>Marcelo (Sal)http://www.blogger.com/profile/16670734376914240687noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-21228315.post-35804348804191973222009-08-22T09:07:00.000-07:002009-08-22T13:47:38.680-07:00<div align="center"><span style="color:#660000;"><strong>Sobre eu, tu e eles e elas, vulgo nós</strong> </span></div><div align="justify"><br /><br /><span style="color:#993300;">Têm vocês acompanhado os acontecimentos do Senado, que na verdade é apenas o <em><span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_0">locus</span></em> de tudo, mas envolve todas as instituições brasileiras, desde o Palácio do Planalto até a instituição física e <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_1">sobrenatural</span> chamada "corpo", indivíduo, cidadão?<br /><br />A causa dessa desordem é, como todos já sabem, imoralidade. O fato de o Conselho de Ética do Senado arquivar todas as denúncias contra <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_2">Sarney</span> nos faz pensar que eis aí a prova cabal de que nesse mato tem cobra. Se ele é inocente, tudo seria arquivado no seu devido momento: após averiguações. Se ele for culpado... bom, a punição já são outros quinhentos. Pensamos, então, que se eles realmente acreditam na inocência do amigo, não temeriam e investigariam. Conclusão: a preguiça falou mais alto do que dar a devida resposta ao povo brasileiro.<br /><br />Faz-me rir a ironia paradoxal do argumento para o arquivamento: as denúncias surgiram no seio da imprensa. Isso é argumento? Eu que (ainda) sou um <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_3">telespectador</span> assíduo da TV Senado vejo discursos e discursos de senadores ferozes contra os governadores, prefeitos, deputados e vereadores de seus respectivos estados, com jornais nas mãos, fogo na boca, clamando por justiça e salientando as corrupções dos supracitados, que obviamente não são da sua base aliada muito menos de seu partido. É a imprensa sendo aclamada quando convém. Mas para o presidente do Senado, ai de nós considerar a imprensa para julgá-lo, criticá-lo, investigá-lo.<br /><br />Mesmo com esse argumento, o pobre... digo, nobre senador, Paulo Duque, com seu sotaque ancião e de carioca malandro ao mesmo tempo, <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_4">requereu</span> apreciação do Conselho para o arquivamento. Aí é que entra a <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_5">maracutaia</span>. Quem dá mais? A base governista - e aí, meus amigos, inclui-se boa parte dos senadores do <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_6">PMDB</span> de <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_7">Renan</span> Calheiros (<span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_8">AL</span>) e o <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_9">PTB</span> do ilustre ou ilustrado, polido e engraxado Fernando <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_10">Collor</span> - é a forca (não força) do governo. Lula está a mercê deles, assim como estaria Fernando Henrique ou <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_11">Heloísa</span> Helena, não importa. Eis, portanto, que os senadores <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_12">petistas</span>, contrariando seu líder no senado, <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_13">Mercadante</span> (<span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_14">SP</span>), mas concordando com seus líderes <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_15">mors</span> (Lula, presidente da República, e <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_16">Berzoíni</span>, Presidente do Partido), votaram pelo arquivamento. <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_17">Mercadante</span> (<span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_18">SP</span>) ficou no "saio e não saio" da liderança. Não saiu. Marina Silva (<span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_19">AC</span>) e Flávio <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_20">Arns</span> (PR), dois simpáticos e bravos senadores <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_21">petistas</span> saíram do PT dizendo-se envergonhados. É uma prova de que algo cheira mal no (<span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_22">sub</span>)mundo da política.<br /><br />E a oposição? Parece que ficou <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_23">quietinha</span>. Ameaçou recorrer da decisão de arquivamento, mas quando viu que a merda também <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_24">tava</span> fedendo pro lado deles, especificamente pro líder <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_25">peessedebista</span>, <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_26">Arthur</span> Virgílio (<span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_27">AM</span>), fez uma troca justa: eu não recorro, mas quero ser absolvido das minhas <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_28">maracutaias</span>. E o Conselho de Ética (atentem bem para essa palavra: "Ética") resolveu arquivar as denúncias contra ele também. É a justiça sendo usada para se fazer injustiça. Já que todos estamos podres, ninguém <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_29">denuncia</span> ninguém. Como crianças que quebram vidros de casas alheias jogando bola na rua e se tornam cúmplices de uma atitude errada.<br /><br />De coerente, só o <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_30">PSOL</span> e alguns senadores, como <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_31">Critóvam</span> Buarque (<span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_32">PDT</span>-<span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_33">DF</span>) e Pedro Simon (<span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_34">PMDB</span>-<span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_35">RS</span>) que assumem sua opinião, muitas vezes de forma demagógica, é verdade, mas que a defendem como lhes convêm. Pois bem, o <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_36">PSOL</span>, de José <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_37">Nery</span> (<span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_38">PA</span>), recorreu da decisão à mesa <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_39">diretora</span> da casa. Óbvio que foi negado, e nem foi pelo presidente, <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_40">Sarney</span>, nem pelo <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_41">vice</span>, <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_42">Marcone</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_43">Perilo</span> (<span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_44">PSDB</span>). Mas pela 2ª <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_45">vice</span> presidenta, <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_46">Serys</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_47">Slhessa</span>"não sei o que" (PT). Assunto encerrado, ora bolas.<br /><br />Pensar na eleição que se aproxima, é válido. Esquecer que você já foi eleito na eleição anterior, e que deve respeito à vontade dos eleitores é inválido. Uma coisa não anula a outra. Talvez (ou com certeza) mostrar serenidade e se colocar imparcial em denúncias graves e evidentes é uma forma de campanha eleitoral das mais eficientes. Ganha-se respeito, ganha-se debate, ganha-se legitimidade para ser votado.<br /><br />Longe de mim falar em <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_48">unicameralismo</span> num país de proporções tão grandes e desigualdades entre seus estados tão acentuadas. O Senado é necessário. A Reforma política também. Mas isso se ouve com ouvidos críticos, e as palavras saem com tom de crítica construtiva. Mas quando eu ouço o demagogo dos <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_49">demagogos</span>, o Fausto Silva do Senado Federal, Mão Santa (<span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_50">PMDB</span>-PI), 3º Secretário da Mesa que presidiu mais plenárias do que qualquer outro membro superior a ele, que elogia e condecora qualquer meliante que sobe à tribuna para falar, de <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_51">Collor</span> a Calheiros, passando por <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_52">Sarney</span>, me dá náuseas. Diz ele "nunca na história desta casa, ouve um Senado tão bom quanto este, uma mesa <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_53">diretora</span> tão boa quanto essa. Nunca, na história do Senado. E eu me orgulho de fazer parte dela". Ai de mim estar no lugar dele. E o pior é que, <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_54">indiretamente</span>, estamos todos.</span></div>Marcelo (Sal)http://www.blogger.com/profile/16670734376914240687noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-21228315.post-60147929291013518772009-07-14T19:41:00.000-07:002009-07-14T20:04:25.396-07:00<a href="http://3.bp.blogspot.com/_WskSXpg2Y9o/Sl1HG-bArPI/AAAAAAAAAD4/OtWGlHi-fos/s1600-h/untitled.bmp"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5358517316801834226" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 298px; CURSOR: hand; HEIGHT: 268px" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/_WskSXpg2Y9o/Sl1HG-bArPI/AAAAAAAAAD4/OtWGlHi-fos/s320/untitled.bmp" border="0" /></a><br /><div>SOM & FÚRIA - um breve (e sincero) comentário<br /><br />O que vem sendo "Som & Fúria" para mim. Vamos lá:<br />- Atores sensacionais interpretando, com maestria, péssimos atores.<br />- Atores sensacionais interpretando, com maestria, atores sensacionais.<br />- Um diretor fantástico (Fernando Meirelles) conseguindo dirigir estes atores esplendidamente.<br />- Uma emissora conservadora aderindo a projetos alternativos, via o fabuloso Luiz Fernando de Carvalho ("Hoje é dia de Maria" e "Capitu") e, agora, com Meirelles.<br /><br />É belo ver as interpretações. Hoje mesmo, fiquei emocionado com duas belíssimas cenas de Daniel de Oliveira, que vai do céu ao inferno em seu personagem de seu personagem: Hamlet! Todos sensacionais. Agora, meu destaque, talvez pela pouca fama, é de Cecília Homem de Melo, que interpreta uma secretária que convence mais do que se colocassem uma secretária de verdade. É belo ver tudo isso. Agora, é mais belo ainda ver que a televisão brasileira finalmente está sendo incrementada pela vanguarda dos grandes diretores que temos aqui, e que são muito mais reconhecidos internacionalmente do que "brasilmente".<br /><br />Parabéns à Globo? Sei lá... parabéns, pelo menos, pra quem convenceu o diretor do Projac que projetos como esse também geram lucro. Neste caso, lucro financeiro à emissora (mesmo porque senão não haveria conversa, e isso não seria rodado) e lucro cultural ao povo que assiste à TV aberta.<br /><br />Parabéns!</div>Marcelo (Sal)http://www.blogger.com/profile/16670734376914240687noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-21228315.post-7031404683971973852009-07-09T22:02:00.000-07:002009-07-10T04:32:05.452-07:00<div align="center"><strong>A crise se recria</strong></div><div align="center"><strong>O "fico" indesejável</strong></div><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5356693240897939250" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 299px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_WskSXpg2Y9o/SlbMHyJ1JzI/AAAAAAAAADw/Qz_QrFx3kOE/s320/Sarney_pede_para_sair.jpg" border="0" /> SARNEY: Se é para o mal estar de todos e tristeza geral da nação, diga ao povo que fico!<br /><br />Viva o Brasil... Viva, Brasil!Marcelo (Sal)http://www.blogger.com/profile/16670734376914240687noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-21228315.post-85076468377031285332009-07-01T08:38:00.000-07:002009-07-02T15:53:16.604-07:00<a href="http://1.bp.blogspot.com/_WskSXpg2Y9o/SkuI7q3V-wI/AAAAAAAAADA/SWXtDFpOfEY/s1600-h/bagdad-cafe-1.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5353523140760042242" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 243px; CURSOR: hand; HEIGHT: 320px" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_WskSXpg2Y9o/SkuI7q3V-wI/AAAAAAAAADA/SWXtDFpOfEY/s320/bagdad-cafe-1.jpg" border="0" /></a><br /><br /><div align="center"><strong>BAGDAD CAFE</strong></div><br /><br /><br /><br /><br /><div align="justify">Um amigo chegou pra mim e disse: "Assista Bagdad Cafe. Esse filme mudou minha vida!"</div><div align="justify"><br /></div><div align="justify">Nunca tinha nem ouvido falar nesse filme. E lendo a sinopse, me interessei: Uma turista alemã briga com o marido no meio do deserto, em Bagdad, Califórnia (EUA), e sai a pé até encontrar um decadente hotel/lanchonete/posto de gasolina, chamado Bagdad Cafe.</div><div align="justify"><br /></div><div align="justify"></div><div align="justify"><br /></div><div align="justify">O enredo do filme gira em torno do choque entre culturas e personalidades. Brenda, a dona do estabelecimento, negra, intempestiva, acabara de largar do marido e tem uma relação difícil com seus filhos. Jasmim, a turista, é alvo de desconfiança, preconceito e perseguição de Brenda.</div><div align="justify"><br /></div><div align="justify"></div><div align="justify"><br /></div><div align="justify">O tempo vai passando... e enquanto o tempo vai, a cumplicidade vem. Jasmim começa a fazer parte do cotidiano do local, começa a participar da vida de cada um de seus integrantes. Cuida do neto de Brenda, elogia o filho pianista, fica amiga da filha adolescente problemática, colabora com o serviço dos funcionários, serve de inspiração para Cox, um pintor Hollywoodiano e espécie de morador vitalício do local, e joga bumerangue com um andarilho mochileiro que acampara no local. E óbvio, sua relação com Brenda passa a ser de uma amizade, aberta a interpretações diversas, principalmente depois que Jasmim aprende mágica, e lota a lanchonete com seus shows, ao som do pianista, filho de Brenda.</div><div align="justify"><br /></div><div align="justify"></div><div align="justify"><br /></div><div align="justify">À primeira vista, um filme normal. Inclusive, quando assisti, pensei "é um filme legal, mas não mudou nada em minha vida". Vejam vocês: 3 dias depois, estou eu com o filme na cabeça, lembro dos personagens, lembro de diálogos, das belíssimas interpretações das atrizes que interpretam Brenda e Jasmim, do bumerangue voando pelo cenário melancólico de final de dia, no meio do deserto, ao som da enigmática e ecoante música que embala as passagens de cenas e cenários "I am calling you"... essa música, sem sombra de dúvida, foi a tacada de mestre desta obra cinematográfica, do final da década de 1980. Inclusive, mais tarde fiquei sabendo que ela concorreu a Oscar de melhor música em 1988.</div><div align="justify"><br /></div><div align="justify"></div><div align="justify"><br /></div><div align="justify">Uma coisa que me revoltou muito foi o fato de o filme acabar quando, segundo minhas concepções amadoras, ele estava no meio. O filme acaba do nada, deixando margem a muitas interpretações com a última fala do filme, por sinal, de Jasmim (pelo menos, a mim me causou muitas interpretações). Fui dormir meio que aborrecido até. Mas hoje, penso, Machado de Assis foi imortalizado como um escritor brilhante em Dom Casmurro, que nos deixa dúvidas eternas quanto à traição ou não de Capitu, deixando à nossa imaginação o final da trama. Por que é difícil aceitar isso neste filme?</div><div align="justify"><br /></div><div align="justify"></div><div align="justify"><br /></div><div align="justify">Em fim, ainda não sei porque, mas esse filme não me sai da cabeça. Vi nele uma discussão tão simples, realizada de maneira simples, humilde, sem grandes indagações filosóficas. Vi nele apenas uma discussão de como a vida pode mudar, de uma hora para outra. Ele nos faz refletir a partir da diferença entre as pessoas. Simples, eu sei. Nada de diferente. Acho que por isso, o filme é marcante.</div><div align="justify"><br /></div><div align="justify">Assistam, critiquem, mas não o subestimem, como eu o subestimei.</div><div align="justify"><br /></div><div align="justify">Obrigado, Vinicius.</div>Marcelo (Sal)http://www.blogger.com/profile/16670734376914240687noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-21228315.post-81200884853756390182009-06-20T19:28:00.000-07:002009-06-20T19:31:38.182-07:00Engraçado. Sonhar tem alguma coisa de positivo? Se sonhamos com algo bom, ficamos triste porque não é realidade. Se sonhamos com algo ruim, ficamos tristes porque o sonho foi ruim. Para os que acreditam num fundo verídico dos sonhos, a esperança dos belos sonhos torna a vida um eterno "dormir", enquanto a certeza dos pesadelos torna a vida um eterno "acordar". Não quero sonhar, a não ser acordado.Marcelo (Sal)http://www.blogger.com/profile/16670734376914240687noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-21228315.post-67891466031722334252009-06-08T20:46:00.000-07:002009-06-12T17:30:26.878-07:00<a href="http://3.bp.blogspot.com/_WskSXpg2Y9o/Si3bpEjvBgI/AAAAAAAAAC4/3OOmZvKGGv0/s1600-h/z-orgulho-brasileiro.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5345169831403390466" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 213px" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/_WskSXpg2Y9o/Si3bpEjvBgI/AAAAAAAAAC4/3OOmZvKGGv0/s320/z-orgulho-brasileiro.jpg" border="0" /></a><br /><div align="center"><strong>Conclusões com oclusões</strong></div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify">Passando os olhos pela TV Câmara, no início da tarde desta última segunda-feira, dia 08 de junho, me deparo com um interessante debate político num programa da emissora. Parei para assistir. Não só porque sentia o clima quente do debate, mas também porque um dos debatedores era Luiz Paulo Velloso Lucas, deputado federal pelo PSDB do Espírito Santo, meu Estado. Pensei “vamos ver o que ele diz em nome do povo capixaba!”. Não deu outra. A quantidade de asneiras que ele disse foi de uma magnitude que eu não conhecia. Ficou fácil para o outro debatedor, o deputado Fernando Ferro (se eu não me engano é esse o nome dele), do PT de Pernambuco, rebater. Tanto que durante a fala dele, o deputado capixaba não se continha e tentava reapresentar seus argumentos, atrapalhando o companheiro e desqualificando, tecnicamente e qualitativamente, o debate. A discussão permeava privatizações, crise mundial e Petrobrás. Como peguei o debate quase no fim, não saquei bem qual era o tema central. Mas o interessante é que dentre os argumentos do peessedebista havia uma ainda ilusão de um ideal de Estado mínimo (se possível, bem mínimo) e uma crítica ferrenha ao PT por ser contra privatização, sendo que, para completar, salientou que essa estória de Estado empresário é ultrapassada. O petista não precisou de muito para retrucar, dizendo que, só nos Estados Unidos (vejam! Estados Unidos... o mais fiel propagador do liberalismo), o Presidente Barak Obama já estatizou ou comprou ações de empresas e bancos em meio a uma crise que mostra cada vez mais como o liberalismo é ultrapassado e injusto com a grande maioria da população, ou seja, os pobres. Bom até aí, discursos ideológicos, não é? Não para o Velloso Lucas, que, insanamente, afirmou que o PT, ao contrário do PSDB, é repleto de ideologias! Páááára! O que faz um partido ser partido? E o que faz os partidos serem diferentes entre si? Exatamente sua ideologia, não? Óbvio que atualmente essa gama de partidos com ideologias confusas, ambíguas, atrapalham um pouco essa compreensão. Mas os partidos aqui citados, PSDB e PT, foram criados a partir de ideologias muito claras. De um lado, a social democracia, do outro, o socialismo. Podem ter sofrido influências no decorrer da última década, mas o que os distingue ainda é, dentre outros, o mesmo argumento de antes: a participação do Estado e da sociedade civil no andar da carruagem (carruagem=Brasil). Sem ideologia, Sr. Velloso Lucas, não há partidos. Aliás, não há política. E é isso, a meu ver, que falta ao povo brasileiro para que encarem com responsabilidade a política via democracia eleitoral. Precisa o povo identificar-se com ideologias, não com ídolos. O Brasil não votou no PT para assumir a presidência da república. O Brasil votou no Lula. Tanto, que se perguntarem para muitos “qual o partido do Lula?” creio haver um bom número de entrevistados que não saberiam responder. E olha que ele é conhecido no PT por ser um de seus fundadores. Agora, pergunta pro povo capixaba “qual o partido do Paulo Hartung?” ou “qual o partido do prefeito da sua cidade?”. Não saberão. Isso põe em cheque uma idéia de que os partidos representam, através de seus eleitos, o povo que votou nele. Não representa. Não representa porque eu sei que um pequeno agricultor não votaria num ruralista liberal, como aquela “ilustre” senadora, Kátia Abreu (DEM-TO), se soubesse que sua propriedade estaria ameaçada com políticas de agronegócio nocivas à agricultura familiar. Mas ele vota. Não representa porque eu sei que minha mãe e meu pai são muito mais socialistas do que liberais, mas ajudaram a eleger, com fervor, Fernando Henrique Cardoso por duas vezes. Hoje, amam o Lula. Vejam, não estou aqui banalizando a sabedoria inerente ao povo brasileiro. Que o povo é sábio, não há dúvidas. Sábio e “raçudo”! Mas é fato que a esse mesmo povo não foi dada a chance de ser politicamente independente. E quem diz isso não sou eu. Vários grandes autores, como José Murilo de Carvalho, Sérgio Buarque de Holanda, Darcy Ribeiro, têm argumentos fortes, contundentes, sobre o despreparo político histórico do nosso povo, acentuando-se no populismo varguista e na era desenvolvimentista e autoritária a que passou o Brasil, configurando o contexto atual, em que, entre outras coisas, vota-se em diferentes ideologias numa mesma eleição. Claro fica para entender esta realidade quando olhamos para o Estado do Pará, por exemplo, com dois senadores do PSDB e um do PSOL, sendo a goveradora, do PT. Este é só um exemplo. Fica claro que, por um lado, a liberdade do povo para votar em quem quiser está sendo efetivada. Mas por outro, a liberdade do povo em saber em quem está votando, em qual política aquele candidato defende junto ao seu partido, em saber e se identificar a respeito da ideologia deles... para tudo isso, o povo ainda não é livre. Falta, como disse um certo cientista político (que não sou capaz de lembrar o nome), educação política a partir, no mínimo, do ensino médio. Mas como introduzir isso para os jovens sem que se ouçam as mesmas queixas relacionadas às já obrigatórias disciplinas de sociologia e filosofia: “credo, que coisa chata, sem sentido e sem importância!”? É amigos, parece que começo a entender a tal crise da representação política a que tanto estudo nos meus devaneios de mestrado. Essa crise existe porque não existe ninguém representando, verdadeiramente, o povo brasileiro. Mas calma. Tenho paciência. A democracia brasileira, já com seus vinte e tantos anos, há de criar juízo. Há de fazer-se criar juízo. </div>Marcelo (Sal)http://www.blogger.com/profile/16670734376914240687noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-21228315.post-32959384750407020442009-06-01T13:52:00.000-07:002009-06-01T13:55:12.071-07:00<div align="center"><strong><span style="font-size:130%;">O poder da criança</span></strong></div><br /><div align="justify"></div><a href="http://4.bp.blogspot.com/_WskSXpg2Y9o/SiRAGMpRWgI/AAAAAAAAACQ/hBTXiT7HGYc/s1600-h/14245gr3.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5342465533185972738" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 240px; CURSOR: hand; HEIGHT: 160px" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_WskSXpg2Y9o/SiRAGMpRWgI/AAAAAAAAACQ/hBTXiT7HGYc/s320/14245gr3.jpg" border="0" /></a><br /><div align="justify">Filmes! Como disse anteriormente, pensar através de suas mensagens é um exercício desejável. Para alguns, inevitável.<br />Mais uma vez, venho de uma seqüência de dois filmes que se completam. “O Menino do Pijama Listrado (2008)” e “Vermelho como o Céu (2006)”.<br />Sendo direto e esquivando-me das críticas técnicas que tenho lido sobre os filmes, apesar de muito poucas, atentei para uma luz que estas estórias nos apresentam. Ambas tratam de crianças. O primeiro, baseado em um romance homônimo, trata de um ingênuo e mimado garoto, filho de um soldado nazista de alta patente, que, sem saber de quem se tratava, fica amigo de um judeu de sua idade, 8 anos. O segundo, uma estória verídica de um bem sucedido editor de som da Itália que, na década de 1970, aos 10 anos de idade, sofre um acidente doméstico em que perde a visão e é mandado para uma escola especial para cegos, em Gênova. Eis minhas “conclusagens” (conclusões e viagens).<br />Vendo o primeiro filme, O Menino do Pijama Listrado, penso que o preconceito dos mais variados tipos pode muito bem ser solucionado com a ingenuidade da criança. Ao se tornar amigo de um judeu, o menino estava despido, pelo menos por enquanto, de toda a educação nazista da época. Enquanto seu professor, sua irmã, seu pai, seu avô, em fim, todos, empurravam-lhe um conceito consensual sobre a maldade do povo judeu, o garoto, ao conversar com seu amigo, não percebia isso. E o desfecho do filme consagra uma amizade impossível. Imagino que, trazendo à realidade, poderíamos pensar que muitos conceitos formados em casa, com ajuda dos pais, parentes e professores, poderiam ser diferentes. Imaginem uma nação em que crianças ricas e pobres, negras e brancas, saudáveis ou com alguma espécie de deficiência, bonitas ou feias, em fim, se todas as crianças convivessem harmoniosamente num espaço universal, em que não houvesse escola de ricos e pobres, não houvesse ambientes para diferentes classes sociais, em que os serviços de saúde comportassem a todos com qualidade e quantidade suficientes. Por mais que, em casa, os pais, munidos de uma educação conservadora e preconceituosa, falassem, desvirtuassem os filhos, a vivência mostraria o contrário e essas crianças seriam capazes de crescer entendendo que a diferença entre eles e as outras crianças é que eles estão tendo vivências diferentes. Quando adultos, essas crianças, conscientes desta vez, seriam capazes de entender que a mudança do mundo está na solidariedade e na não afetação do outro para seu próprio crescimento. Ajudariam não por caridade ou massageamento do ego. Ajudariam por gostarem e se identificarem com essas pessoas.<br />Bom, e quanto ao “Vermelho como o Céu”? Esse serve como contraprova para aqueles que pretendem insinuar que as crianças não têm capacidade de discernimento e inteligência para mudarem o mundo desde já, necessitando da instrução dos pais. Ele nos mostra que a capacidade de mudança inerente à infância é muito maior e mais eficiente do que em qualquer adulto.<br />É ver para entender. Recomendo muito ambos os filmes.</div>Marcelo (Sal)http://www.blogger.com/profile/16670734376914240687noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-21228315.post-83199074473637449452009-05-25T13:33:00.001-07:002009-05-25T14:05:33.184-07:00<div align="center"><strong>Arte imitando vida, e vida imitando arte.</strong></div><br />Os dois últimos fimes que vi me tocaram. Na verdade, frequentemente sou tocado pelos filmes que vejo. Não que eles mudem minha vida, determinam regras, indicam minha personalidade. Eles simplesmente cumprem o papel de me fazer refletir sobre o tema proposto, especialmente quando o filme é bem dirigido e bem interpretado.<br /><br />Pois bem, foi assim com os que eu assisti na semana passada (A Vida de David Gale [2002] ) e sábado passado (Na Natureza Selvagem [2007]). Curiosamente, ambos são baseados em fatos reais, o que os torna ainda mais instigantes e reflexivos (se você ainda não viu estes filmes, páre aqui. Vou contar preciosas partes de ambos, inclusive segmentos de seus finais nem tão felizes assim).<br /><br />No primeiro, a militância levada ao extremo por um renomado professor de filosofia, David Gale, que luta contra a pena de morte nos EUA. Ele e a melhor amiga querem provar que o sistema é falho e, por isso, inocentes vão para o corredor da morte. Para tal, os dois armam um falso homicídio. A vítima? A própria amiga de Gale. O principal suspeito? Gale. As provas para sua inocência existem e são guardadas por um fanático participante do grupo militante. Gale morre, a prova, um vídeo, vem à tona, e finalmente fica provado que o sistema é, sim, falho.<br /><br />No segundo filme, Christopher McCandless, um jovem idealista, se despe de seu status de garoto rico e estudado, e foge logo após sua graduação. Com alguns trocados no bolso (que depois são queimados pelo mesmo) e com um carro velho, que logo é abandonado pelo rapaz, Chris sai pelo mundo, a pé ou de carona, com muita mágoa de seus pais no peito e muita vontade de se conhecer e conhecer o que é a liberdade verdadeira, que para ele só tem sentido quando não há apegos materiais. Seu destino: Alasca Selvagem. Mas antes, percorre bons caminhos pelos EUA. É claro como vai se descobrindo ao longo dos mais de dois anos que passa fora de casa. Não só vai se descobrindo, como vai tendo a certeza de que sua escolha é a mais certa, aquela que trás mais felicidade para si. Quando chega ao Alasca, depois de encontrar um "Ônibus Mágico", Chris se agrega à natureza. Nela vive, dela sobrevive. Está feliz, muito feliz. Muitas coisas passam a fazer sentido para ele. Descobre o perdão, descobre Deus, descobre a si mesmo. E descobre, com essas palavras, que "A felicidade só é de verdade quando compartilhada". Eis a hora de ir embora. Mas numa espécia de sátira, a natureza o apriosonara. O caminho que fizera para chegar onde estava não era passível de retorno. Chris entendia que havia ido longe demais. Morre feliz e sábio, mas não pôde compartilhar isso com ninguém em vida.<br /><br />Como pode? Tenho certeza que muitos, assim como eu, se identificou muito com os personagens descritos (Gale e Chris)... mas o que os faz ter coragem para chegar onde chegaram? O que os diferencia da gente? Olhamos, admiramos... pensamos neles como exemplos de vida. Claro que cometeram equívocos, mas isso jamais é capaz de tirar o "todo" de uma admiração. Quando digo que eles me puseram a refletir não estou querendo dizer que quero ser igual a eles. Apenas quero dizer que é muito difícil imaginar um ponto de inflexão entre a total coragem deles, e minha total ou irrisória covardia. Trago isso para o dia a dia. Quantas coisas não acho errado, quantas coisas não gostaria de mudar, de fazer... e não faço. Eles não são heróis, eles não são divinos. Eles são humanos. Isso eu também sou. E aí? O que os motiva? O que me desmotiva? Sei que a vida é muito mais do que um filme. Mas um filme pode refletir, sim, em várias vidas.Marcelo (Sal)http://www.blogger.com/profile/16670734376914240687noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-21228315.post-1810323886366629772009-03-25T13:25:00.000-07:002009-03-25T13:33:36.829-07:00<div align="center"><strong>O passado faz o presente</strong></div><strong></strong><div align="justify"><br /><br />A velha premissa de que aprendemos com os nossos erros é, na verdade, uma sábia e cômoda forma de dizer que nosso presente está intimamente ligado com o nosso passado. Ora, isso não é difícil compreender em nível individual, e está no nosso cotidiano. Se a forma com que você estudou para o vestibular não fez você passar, no ano seguinte a estratégia e a dedicação têm de ser outra. Se a cantada não conquistou a moça, o rapaz tende a mudar suas palavras e sua forma de interceptação. Se aquela empresa deu prejuízo, a aposta na bolsa de valores deverá ser mais criteriosa da próxima vez. Se o bebê toma choque com o dedo na tomada, é difícil que ele se meta a repetir o erro! Exemplos clássicos e corriqueiros. Nenhuma novidade até aí.</div><div align="justify"><br />Na verdade, novidade nenhuma em parte alguma dessas linhas. Apenas uma interpretação de ocorridos na atualidade e que não conseguimos fazer analogias com os exemplos citados. A história do mundo, em sua complexa linha estrutural, nos atinge em cheio no presente. Seja para nos deixar viciados, seja para nos deixar alerta, seja para nos acomodar... enfim, nos afeta. E o que poderia ser bom, é visto como ruim.</div><div align="justify"><br />Vila Velha, Espírito Santo. Jovens da rede estadual de ensino protestam pelo incremento da carga horária das aulas, que foi aumentada em uma hora. O protesto é incômodo: palavras de ordem, cartazes, faixas, apitos... parecem militantes natos de um movimento social politizado. Quem dera o fossem! Estão lá pedindo para o governo voltar atrás em uma tentativa de dar um primeiro passo, mesmo que muito pequeno, em direção a priorizar a educação pública no país. O argumento dos alunos é o de que muitos trabalham e estão chegando atrasados no emprego. Vêem a contradição? Eles estão na escola para que consigam, no futuro, conseguir um bom emprego. E quando o governo colabora com essa formação, incrementa a política social, é criticado. Muito mais fácil seria que a manifestação fosse em prol de um diálogo entre governo do Estado e as federações da indústria e do comércio para que colaborem e não descontem dos pagamentos dos jovens (coisa que a Secretaria de Educação já diz estar fazendo). Mas é fácil entender este fato mediante décadas de descaso com a educação... um momento de inflexão como este é sempre um incômodo para os que o sofrem. Que Cristovam Buarque não tome conhecimento do ocorrido! Assim, em seus gritos e devaneios, os estudantes reclamam que não foram ouvidos e que o governo foi vertical em sua decisão. Discordo pelo simples fato de verticalidade significar tomar uma decisão sem consulta. Pois bem: o clamor por educação pela sociedade brasileira dispensa qualquer consulta, apesar de, além disso, sabermos da existência de um conselho de educação em que conta com representação da sociedade civil. </div><div align="justify"><br />Outro fato interessante. A Igreja tentando influenciar na política. Como aceitar que uma instituição que, quando detinha um poder político absurdo, como na Idade Média, abusou do bom senso em nome de uma moralidade cristã e fez atrocidades, enriqueceu com o dinheiro das indulgências, matou quem a questionava ou quem queria dar uma explicação um pouco mais racional às coisas? Pode-se argumentar que o clero daquela época nada tem haver com o atual. Concordo. Só que enquanto Instituição, a Igreja perdeu credibilidade, assim como o absolutismo, e as nações, para prevenirem-se disso, instituíram, especialmente no ocidente, o Estado laico como premissa. Não adianta esnobar a opinião do Presidente da República dizendo que ele precisa de um assessor de teologia para que ele tome a decisão de culpabilizar ou não um médico que necessitou fazer um aborto de gêmeos numa criança de 9 anos, sob o rico de morte das três crianças. A Igreja tem, sim, o direito de ser ouvida enquanto parte componente da sociedade civil gramsciniana (e o é, tendo em vista a participação de suas entidades em conselhos gestores espalhados por todo o Brasil, por exemplo), mas não deve achar que pode impor sua política cristã na política contemporânea. Portanto, o Papa ir ao continente africano clamar pelo fim da propaganda do uso de camisinha, num continente em que 1/3 da população tem AIDS é um pouco de soberba demais. O Estado não mais a ouve como antes. Na verdade, ela, a Igreja, já não é mais tão Estado, como antes. Mas isso, ela ainda não entendeu.</div><div align="justify"><br />Outro ponto definitivamente conflitante é a questão de cotas em universidades públicas. Vejam, não creio que devemos culpar todos os brancos em nome de um passado cruel que estes proporcionaram aos negros. Mesmo porque “branco” é uma raça em processo de extinção no Brasil. Aquele que não tem negritude correndo em seus vasos sanguíneos, dê a primeira chibatada! Concordo, porém, com a culpabilização das elites pelo estado miserável que vive o pobre hoje em dia. E não digo isso em nome de uma hipócrita opinião socialista. Digo isso em face de uma história em que foi dada ao rico a chance de enriquecer mais, e ao pobre a chance de não enriquecer nada. Ora, ambos agarraram suas chances e fizeram delas maravilhas. Hoje, o quadro é esse. Não culpo a consciência do rico. Não poderia ele ficar pobre, abrir mão de sua riqueza, em nome dos milhões de pobres que o país carregava. Culpo o Estado por não entender que a Declaração Universal dos Direitos Humanos dá a todos os cidadãos a mesma importância, mas quem deveria prover isso era ele próprio: o Estado. Assim, diante de uma história de descaso com a questão da pobreza, determinar cotas para pobres na universidade é inconstitucional para os ricos, já que esta dá a todos os brasileiros as mesmas condições para ingressar no ensino público superior. O engraçado é que durante todas estas décadas não se ouvia dos ricos que a exclusão social, a pobreza, a fome, a exploração da mão de obra, a desigualdade socioeconômica, o racismo, tudo isso também era inconstitucional. Mas a conveniência, meus amigos, é a melhor de todas as propulsoras de reivindicação de direitos! Sob a ótica do pobre, ter vagas separadas para a classe é proporcionar um atalho ao longo e pedregoso caminho da inclusão social. É fácil para um rico, que procurou o ensino privado durante toda a vida, valorizar o ensino superior público quando este é melhor. Afinal, o que se argumenta é que o governo deveria investir mais no ensino fundamental e médio para que não houvesse necessidade de determinar as cotas. Vêem a conveniência? Antes, quando não havia as cotas, não havia ricos reclamando por melhoria do ensino público de qualidade. Agora há! Há de melhorar o ensino público de base sim, mas, como vimos nos parágrafos acima, a população, em especial os estudantes, não acostumaram com essa idéia.</div><div align="justify"><br />Na saúde pública a situação não é diferente. A medicina curativa, patrocinada pelos grandes laboratórios, indústrias farmacêuticas e tecnológicas, sempre se mostrou eficaz na assistência curativa e inútil na prevenção das doenças. É óbvio que o ideal seria que as pessoas não adoecessem, para não precisarem de assistência médica com tanta freqüência. Demorou um século inteiro para que se implantasse uma idéia revolucionária no Brasil de um programa nacional que incentivasse uma medicina que promovesse saúde e não curasse doenças – o Programa Saúde da Família. Os gastos diminuiriam, a população seria mais saudável, os profissionais seriam menos frustrados. Mas isso não ocorre. A população se acostumou com o que viveu durante toda a história: uma cartela de remédios, um exame de alta complexidade, uma cirurgiazinha básica para “melhorar” sua saúde. Os profissionais também, acostumados com as máximas da eficiência e eficácia defendidas pela medicina curativa, não absorvem com a devida postura a necessidade de se investir nessa idéia. O Estado, então, por pressão tanto da população como das classes profissionais, uma pressão veiculada por uma mídia que cansa de mostrar que não entende nada de saúde pública, investe astronômicos valores em hospitais e especialistas, e põem em secundo plano aquilo que constitucionalmente deveria ser prioridade: a atenção primária. A consciência coletiva sobre saúde como ausência de doença é uma lástima que possui uma saúde de ferro, e deve, infelizmente, sobreviver por mais décadas e décadas.</div><div align="justify"><br />Poderíamos ficar aqui descrevendo centenas de outros exemplos de como uma história marcada pela opressão e pela exclusão afeta em cheio os habitantes do presente. No Brasil, principalmente, já não é uma desculpa plausível dizer “temos uma democracia muito jovem para que possamos ver as mudanças no ideal e cultura política de nossa sociedade”, como era de praxe ouvir. Já temos quase 25 anos de democracia. Mas como esperar uma sociedade ativa e propositiva diante do histórico processo multivariado político que viveu o Brasil. Ditadura, democracia, ditadura, democracia tudo isso banhado por alguns “ismos”, como clientelismo, populismo, assistencialismo, coronelismo, desenvolvimentismo... tantos fatores negativos tinham que gerar um “ismo” central pela população: ceticismo.</div><div align="justify"><br />Tomara que a história que descrevemos aqui como pedra no caminho de nossa nação seja substituída pelo presente atual, que já é história. Espero poder ler um texto, de preferência do meu filho, dizendo que as décadas de 1990 e 2000 foram marcadas por inflexões não muito exitosas no caráter político-social da sociedade civil brasileira, mas que graças a essas inflexões, começou a ser gerado um novo idealismo social, capaz de substituir o ceticismo por esperança, e, posteriormente, substituir esperança por satisfação. Mas sem nunca deixar de lado o pensamento de que participação é conquista, e não dádiva, como nos diz Pedro Demo, e por isso exige reivindicação constante, e não um outro “ismo” indesejável: o conformismo.</div>Marcelo (Sal)http://www.blogger.com/profile/16670734376914240687noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-21228315.post-1945332857692133622008-01-23T06:49:00.000-08:002008-01-23T06:53:46.609-08:00<div align="center"><strong>A difícil tarefa de viver as facetas da vida<br /></strong> </div><div align="justify"><br />Não é fácil ser “ser humano”. Nossa vida é repleta de sinuosidades, temperamentos, intempestividades. Aprendemos sempre a nos dar com nós mesmos, numa verídica faculdade, onde a aula é integral – 24 horas por dia, durante toda a vida -, o professor é o nosso próprio eu, (ou melhor, “eu´s”) e fazemos avaliações a todo o momento, com avaliadores severos, externos a nós. São os outros “eu´s” avaliando os seus “eu´s”. E as reprovações são muitas.<br />Uma das “matérias” que mais reprovam nesse meio é a questão relativa ao humor. Não há no mundo uma maior falha humana do que aquela que ocorre quando deixamos de ser o que éramos: seres mais felizes. Perdemos pontos de todos os nossos avaliadores. Parecem-lhe inadmissível que uma pessoa tão bem humorada, bem disposta, extrovertida e agitada tenha se tornado uma pessoa calma, reclusa no seu próprio abismo pensante, às vezes (nem sempre) indisposta e quieta. A recíproca não é verdadeira. Não passa pela cabeça dos avaliadores que esse indivíduo está com problemas. Ouvem-se cobranças do tipo “você não era assim” ou “noto que não queria estar aqui conosco”. Cobranças são sempre bem-idas, mas nunca bem-vindas.<br />Tem-se que entender melhor que os humanos são totalmente (e se houvesse uma palavra mais completa que essa ela deveria ser usada) influenciados pela completude das coisas que o rodeiam. Muda-se de ambiente de convívio, menos espaçoso, menos libertário, mais apático e mais impessoal, muda-se as compreensões de sua vida, as oportunidades fogem como seres alados, aumentam as necessidades, agita-se o espírito e chora a alma. Tudo gira em torno de vários giros em tornos das pessoas que o cercam. Tudo é uma rede de convivência entre humanos e não-humanos, que se transformam e transformam-se entre si, como bem expõe Bruno Latour.<br />A cobrança, a meu ver, é um instrumento que necessita de um pré-instrumento. Ao cobrar, o avaliador deve ter dado condições para que o indivíduo cobrado tenha tido a chance de não precisar ser cobrado. Uma mão, um sorriso, um não-cobrar...</div>Marcelo (Sal)http://www.blogger.com/profile/16670734376914240687noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-21228315.post-71566883308139854622008-01-14T19:45:00.000-08:002008-01-15T07:07:50.254-08:00<div align="center"><strong>O Natal<br /></strong></div><div align="justify">Então, foi Natal. Que bonito. As famílias se encontrando e comemorando... comemorando o que mesmo? Ah sim, desculpem: comemorando a época do presenteamento universal<span style="font-size:78%;">(1)</span>. E o comércio, como efeito cascata (de dinheiro), comemora um dos anos mais rentáveis para o setor. Ótimo... e viva o Lula.<br />Pois bem, como eu ia dizendo, o Natal é uma época linda. Nessa época, segundo as próprias pessoas, um espírito de solidariedade ronda os ares de todos os lugares. As pessoas saem por aí fazendo, dentre outras coisas (como comprar, beber e viajar), o bem. Matam a fome das crianças, sendo que ainda há os que, além disso, dão presentes pra elas (as lojas de 1,99 que o digam...). Ajudam famílias necessitadas. Saem das suas confortáveis casas e visitam (nessa época) os bairros mais pobres, mais carentes, mais miseráveis... aqueles bairros cujos nomes todos se perguntam ao ver escrito no itinerário do ônibus cheio de pobres: “Onde fica essa ‘croca’?”... e que quando descobrem onde fica as crocas da sua cidade pensam (não falam): “Putz... isso é um bairro?”. “Ainda bem que só há um Natal por ano.”<span style="font-size:78%;">(2)</span>.<br />Retorno à idéia principal: o Natal é lindo. E com essa era de conscientização sobre preservação do meio ambiente então, nem se fala. Árvores de natal manufaturadas com frascos plásticos descartáveis de refrigerante estavam presentes em todas as cidades, bairros e casas. Coisa linda de se ver. O brasileiro sentiu-se orgulhoso de tanta conscientização. É uma pena que nessa época linda o consumo de refrigerante aumente possivelmente na mesma proporção do que as quantidades de frascos utilizadas para construir as árvores. E como se não bastasse, segue um diálogo entre eu e meu pai, em frente à árvore de Natal de garrafas descartáveis do meu bairro:<br /><strong></strong></div><div align="justify"><strong>Eu</strong> – Pai... quando vão retirar essa árvore daí?<br /><strong>Pai </strong>– Acho que essa semana, depois do dia 06.<br /><strong>Eu</strong> – E o que vão fazer com esse monte de garrafa?<br /><strong>Pai </strong>– O presidente da associação do bairro me disse que vão jogar no lixo.<br /></div><div align="justify">No lixo. Exatamente. Deu trabalho para crianças e artistas, ficou menos bonita do que uma típica árvore original de pinheiro, e ainda por cima vão devolver ao lixo aquilo que este nos cedeu com tanta graça, com tanta alegria e com tanta esperança de que não voltassem. Não é difícil generalizar o caso do meu bairro para o resto do mundo. Mesmo porque, o que fariam com tanta garrafa durante o ano todo? Mesmo que guardassem para o próximo natal, que fim daríamos para todas as garrafas que serão produzidas ao longo desse ano? Deixa pra lá... formas sustentáveis de reutilização de plástico e outros lixos existem e já foram mostradas. Não é neste <em>blog</em> que estará a cura para a bronquite crônica do planeta Terra.<br />O que é isso, gente? Natal é época linda sim. A época do nascimento de Jesus. A religião deixa o período de hibernação e esquenta o coração das pessoas<span style="font-size:78%;">(3)</span>.<br />Natal também é época de se escrever textos que falem do Natal, para o bem (como este) ou para o mal. Também é época da Simone ganhar dinheiro com aquela velha música “Então, é Natal...”. Corais cantam músicas natalinas, operadoras de celulares vendem toques natalinos, as propagandas na TV só se referem ao Natal e o Willian Bonner destina metade do Jornal Nacional para falar de compras, papai Noel, solidariedade e, claro, troca de presentes no dia 26 de dezembro.<br />O Natal é lindo. Mas acho melhor parar por aqui.</div><br /><span style="font-size:85%;">(1). Entende-se “universal” como um conceito restrito enquanto ato, mas completo enquanto idéia lançada à sociedade.<br />(2). Esse pensamento pode ter se dado logo após o pensamento anteriormente citado... ou não... pode também ter sido o primeiro e único pensamento pensado.<br />(3). Religião não se discute. Um parágrafo de duas linhas é suficiente. Sei que todos os cristãos foram à Igreja neste Natal e viram a missa do Galo do Papa na TV.</span>Marcelo (Sal)http://www.blogger.com/profile/16670734376914240687noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-21228315.post-13243804661192790742007-11-14T16:11:00.000-08:002007-11-14T16:53:42.968-08:00<div style="text-align: center;">O retorno<br /></div><br /><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Doze anos depois, deparei-me com uma revistinha da Mônica. Achei fantástico... afinal, ando lendo tanto sobre coisas que na minha época de "gibizeiro" considerava o cúmulo da hiper-chatice que adorei a idéia de voltar no tempo nas páginas do Mauricio de Souza. Lembro-me que naquela época, quando cursava a sexta série do ensino fundamental, antigo primeiro grau, nossa professora de português reservava as aulas da sexta-feira para que lêssemos textos ou apresentássemos pequenas peças teatrais para a turma. Sempre (SEMPRE) fazíamos teatro, eu e meus colegas da época... Hugo, Bruna, Geraldo... outros que não lembro o nome, e que possivelmente não lembram de mim também. Pois bem... éramos felizes... as estórias das revistinhas eram facilmente retratáveis em pequenas peças teatrais, que tiravam gargalhadas da turma e suspiros de orgulho da professora Firmina. Chico Bento, Mônica (que achava realmente chata), Cebolinha, Magali e Cascão... estes dois últimos, meus favoritos. Fora os coadjuvantes: Franjinha, Penadinho e sua turma, Anjinho, Horácio, Pipa, Tina, Rolo. Todos tinham lugar nas peças, até os cachorros... o Bidu, do Franjinha, e o surreal Floquinho, o estranho cachorro do cebolinha. Nostalgia pra dar e vender...</p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Mas deixe-me voltar ao fato atual. Abri a revistinha e deparei-me com uma grande carga de modernidade. De cara uma estorinha (aquela de três quadrinhos na última página da revista) onde Mônica e Magali falavam do novo celular que a Magali havia comprado e que fazia de tudo. No meio da revista, a estória de Pipa e Tina, <st1:personname productid="em que Pipa" st="on">em que Pipa</st1:personname> havia feito um curso de costura pela <i style="">internet </i>e queria costurar um vestido pra Tina (que, diga-se de passagem, está menos bonita que antigamente). Depois uma mega estória da Dona Morte contando estórias pras crianças da turma do penadinho que parodiava as super atuais estórias do Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado. E pra finalizar, a estória do Anjinho, que perdeu seu posto de protetor da vila para um robô anjo, porque São Pedro queria modernizar o céu com computadores e anjos programados. Tudo isso me causou um sentimento rotineiramente citado no mundo contemporâneo. Esse mesmo sentimento que nos faz relembrar nossa infância ao criticar a infância atual. E me vem a pergunta: foi o mundo que causou tudo isso, ou foram nós mesmos que construímos esse “brilhante” mundo tecnológico para nossos filhos? Sem usar de positivismo ou maniqueísmo dicotomizante, penso que houve um mutualismo de forças. Os pais, querendo o conforto que não tiveram na infância, influenciam as decisões e escolhas dos filhos. E obviamente, o mercado faz questão de atender essa nova era tecnológica da melhor forma cabível: produzindo cada vez mais tecnologia.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">É assim com tudo: Bola, só se for jogar futebol no<span style=""> <span lang="EN-US">play station</span></span> 3 (existe algum mais novo?). Carrinho, só se for controle remoto, que pisque o máximo possível. E no mais, <i style="">internet, internet, internet. </i>Namoram mais cedo. Começam a se preocupar precocemente pela beleza padronizada e futilizada do mundo da moda e da etiqueta (baaah, pra Glória Kalil). Perdem o precioso tempo que têm pra brincar. Penso que hoje os pais reclamam que antigamente não tinham tempo pra brincar, pois eram tempos mais difíceis e tinham que trabalhar cedo. No futuro, essas crianças dirão que na época de suas infâncias não podiam brincar, pois estavam preocupados com o mundo ao seu redor.</p><div style="text-align: justify;">Queria ver meus filhos apresentando teatrinhos da turma da Mônica pra seus coleguinhas... mas como, se quando eles estiverem com 10 anos, estarão com <i style="">chips</i> em seus braços, e tecnologia em suas mentes, desenvolvendo protótipos para brincar com algum<span style=""> <i style=""><span lang="EN-US">reality</span></i></span><i style=""> show</i>? </div><span style=""> </span>Marcelo (Sal)http://www.blogger.com/profile/16670734376914240687noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-21228315.post-20850574585694499122007-02-12T07:41:00.000-08:002007-02-12T07:14:52.494-08:00<div align="center"><strong>Aniversário do Futuro improvável</strong></div><div align="justify"> </div><div align="justify">Imagina... 12 de fevereiro. Acordo feliz, pensando que 24 anos de vida é uma vitória. Levanto cantarolando, ensaio danças enquanto escovo meus dentes. Faço meu lanche batucando com os talheres na mesa da cozinha. Ponho uma música no som do quarto e me troco para ir à faculdade. Pois isso se chama felicidade.<br />Várias pessoas passam por mim na rua e não sentem minha euforia. Algumas, que me conhecem, passam. Apenas passam. Não que eu exija delas que passem ao meu lado com aquele sorriso às vezes sincero, às vezes forçado, às vezes falso, e às vezes, que ironia, um sorriso triste. Pois bem... neste caso, nenhum tipo de sorriso. As pessoas simplesmente passam.<br />Na hora do almoço, sento, só, numa mesa, para almoçar no restaurante da universidade. Estou lá, comendo aquela apetitosa azeitona com caroço, quando uma turma de rapazes arrastou a mesa ao lado e juntaram-na à minha. “Querem sentar-se juntos”, pensei. Sim. Eram oito rapazes e 7 cadeiras vagas. “Irão pegar uma nona cadeira na mesa de trás”, pensei. Não. Os sete rapazes sentaram-se, enquanto o oitavo sobrepôs sua bandeja sobre a minha, arrastou a cadeira que eu estava sentado, e sentou-se, não sobre mim... não em cima de mim. Ele sentou em mim, ultrapassou aquilo que chamo de carne e ossos, e que ele, a esta altura, chama de “nada”, e assentou-se à cadeira, e começou a comer.<br />Fiquei por alguns minutos parado, observando o interior do cérebro do rapaz, que inclusive viria a morrer de um aneurisma que eu, mesmo não sendo médico, notara em seu lobo occipital. Mas ainda estava embasbacado. Tudo me reconhecia: A escova de dente, os talheres do café, as chaves que abriram para mim a porta e o portão de casa, a bandeja do restaurante, até a mesa e a cadeira. Todos me reconheciam, todos os objetos. Realmente seres humanos não me viram. Não havia conversado com ninguém e por diversas vezes fui ignorado, tanto na rua quanto em ambientes públicos da universidade.<br />E engraçado como o rapaz viu minha bandeja, e colocou a dele sobre a minha sem questionar nada.Assim, passei o resto do dia. Num universo paralelo. Uma forma de não ganhar “parabéns”, de não receber abraços, de não contar às pessoas como é ter 24 anos, uma forma de não comemorar com seus amigos mais um ano em que vivo neste mundo. Ainda bem que isso acontece apenas no dia do aniversário. Já no dia 13 de fevereiro, escuto “Onde esteve ontem?” E todos os parabéns, todos os abraços, todos os sorrisos verdadeiros ressurgem. Apenas não acho a Vitória. Hoje é seu aniversário e queria dar um abraço nela. Acho que vou deixar para amanhã.</div>Marcelo (Sal)http://www.blogger.com/profile/16670734376914240687noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-21228315.post-24600272474504143992007-02-08T04:29:00.000-08:002007-02-12T07:42:43.583-08:00<div align="center"><strong>CONTE PIADAS</strong></div><div align="justify"> </div><div align="justify">João caminhava em direção à sua casa quando lembrou-se de uma piada que um amigo havia lhe contado em algum lugar, algum dia, em alguma ocasião, por algum motivo desconhecidamente esquecido. Foi tão fundo na lembrança que começara a rir, sozinho, no meio da rua... não aquelas risadas que se dão gargalhadas e que tornam-se motivos de chacotas por parte de quem vê... Era um sorriso mimoso, seja lá o que isso signifique, mas a palavra caiu bem para a singela atitude do rapaz. João estava aí, na calçada, caminhando, com os lábios esticados por uma vontade saciável de rir, mas ele não queria saciá-la. João riu... foi esticando os lábios até que expirou bruscamente com as narinas e, desse fato, mostrou-se os dentes. O riso estava completo. Andando ao lado dele, em direção igual e sentidos opostos (bendita física), Marilda, que não lembrara-se de nenhuma piada, fato, acontecimento, ou qualquer outra coisa que a fizesse dar uma risada como a de João, apenas olhou para o rapaz... e riu, pelo simples fato de ver alguém, sozinho, andando na rua, e rindo de sabe-se lá o que. Achou tão engraçado que começou a rir também, na mesma lógica do passo a passo: Esticou os lábios, expirou bruscamente, como se estivesse tirando algum alergênico do nariz, e mostrou os dentes. João, a essa altura, ainda estava rindo, mas estava longe. Marilda, ainda rindo, encontrara com Gabi, que estava, inclusive de nervos agitados, devido à tão difamada, estúpida, TPM. Mas, ao avistar tamanha audácia, uma pessoa rindo sozinha na rua enquanto ela mesma sentia-se mal-amada, parou para pensar "do que diabos está rindo essa rapariga?" E sacramentou os gestos corriqueiros... Blá, blá, blá, e zupt! Dentes à mostra... Daí, encontrou-se com Fabrício, que encontrou com Ronaldo, depois Agatha, Fernanda, Thiago (claro que sempre haveria de ter um thiago na estória... e com 'th', óbvio), Francisco, e foi se disseminando para Willian, Jhon, Peter, Amelie, Franchescco, Fridrich, Van der Ghotem, Manoel, Henricco, Kasaka, Okosuma, Guentchov, Mamula, Mohamed, Shuala, Gohan, até chegar em... João.<br />Conte piadas.</div>Marcelo (Sal)http://www.blogger.com/profile/16670734376914240687noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-21228315.post-1169678028376895012007-01-24T14:31:00.000-08:002007-01-24T14:36:28.270-08:00<a href="http://photos1.blogger.com/x/blogger/4030/2145/1600/994006/a.jpg"><img style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://photos1.blogger.com/x/blogger/4030/2145/320/990714/a.jpg" border="0" /></a><br /><a href="http://photos1.blogger.com/x/blogger/4030/2145/1600/12912/a.jpg"></a><br />Que se torne branco tudo aquilo que valer à pena o homem não ver, ignorar. Assim... o branco, mesmo que alvo, existirá... pelo simples fato de ser intocável pelo ser humano.Marcelo (Sal)http://www.blogger.com/profile/16670734376914240687noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-21228315.post-1169307057212828822007-01-20T07:30:00.000-08:002007-01-20T07:30:57.226-08:00Mundo Esférico<br /><br />Existe uma distância tão grande entre meus "eu´s" que eles se encontram num ponto em comum: Eu mesmo.Marcelo (Sal)http://www.blogger.com/profile/16670734376914240687noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-21228315.post-1167245070249864792006-12-27T10:41:00.000-08:002006-12-27T10:44:30.250-08:00Sinto em mim uma dependência. Uma tendência ao "euísmo", uma pendência ao "outrismo". Sinto em mim uma dependência de mim mesmo, com fugas ocasionais. Ao invés de euísmos e outrismos, quero tranquilismos, sensatismos e certezismos. Chega de abismos...Marcelo (Sal)http://www.blogger.com/profile/16670734376914240687noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-21228315.post-1161034545850877352006-10-16T14:34:00.000-07:002006-10-16T14:35:45.850-07:00Quem somos? Aí vai a minha inútil opinião...<br /><br />"Somos nada mais nada menos que um quinze-avos daquilo que teríamos a capacidade de ser se fossemos fortes o suficientes para buscar o que queremos ser."Marcelo (Sal)http://www.blogger.com/profile/16670734376914240687noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-21228315.post-1161034279243921652006-10-16T14:23:00.000-07:002006-10-16T14:31:19.243-07:00VEJAM... ESSE SOU EU.<br /><br />Eu sou o que quero para mim<br />Eu sou o que querem que eu seja<br />Eu sou aquele que falta muito para ser algo<br />Eu sou aquele que já fez tanto que já é muito<br />Eu sou a melancolia em pessoa<br />Eu sou a alegria que entoa cantos de alegria<br />Eu sou poético, hematopoético, caquético, hermético, médico<br />Eu sou figura retorcida pelas mentes abstratas das pessoas inexistentes<br />Eu sou um complexo de incógnitas<br />Eu sou Feliz, triste, espontâneo, introspectivo, bonito, feio<br />Eu sou o que interpretam que eu seja<br />Eu sou 6 bilhões de "eu´s".Marcelo (Sal)http://www.blogger.com/profile/16670734376914240687noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-21228315.post-1161033768230254512006-10-16T14:21:00.000-07:002006-10-16T14:22:48.230-07:00<div align="center">Ah! Quanta Vontade!</div><br /><div align="center">Posso eu, em outra vida, se é que haverá outra, escolher meu ponto de equilíbrio? Poderei eu desfrutar da plenitude fraternal, da plenitude pessoal? Poderei eu ser quem eu quiser ser... sem me prender naquilo que querem que eu me prenda? Poderei sair do meu mundo, de vez em quando, para comprar um pouco de esperança no universo ao lado, se é que precisarei de esperança? Consiguirei serguir os caminhos que aparecerem na minha frente ou poderei eu ter a satisfação de ver os caminhos tendo de escolher entre eu e outro ser? O ser humano já sofreu muito nesta era... ela podia acabar logo, para começarmos a nascer denovo, viver denovo, e morrer melhor.</div>Marcelo (Sal)http://www.blogger.com/profile/16670734376914240687noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-21228315.post-1161033663544345422006-10-16T14:20:00.000-07:002006-10-16T14:21:03.546-07:00<div align="center">PROFESSORES DE NÓS MESMOS</div><br /><div align="center">Aprender. Aprender sempre. Melhor que isso é saber que somos nossos prórpios professores. A vida é nossa sala de aula e nossos recursos (auto)didáticos são, principalmente, os erros: Nossos erros e os erros dos outros. Podemos perceber através de nós mesmos como somos professores obsoletos e nada didáticos. Pra começar, para você aprender com seus erros (chavão ou não, é assim que é), temos que, antes, reconhecê-lo como erro e não como uma simples falha do seu sistema universal e intransponível de acertos. Depois, após esta difícil arte de reconher que somos seres humanos, temos que perceber aonde foi que erramos. Onde foi que deu errado. Ah, estamos começando uma belíssima caminhada... a de acertar da próxima vez. O problema, é que nos fixamos apenas nos 'erros' e nos esquecemos dos 'quase-erros' que por descuido tornam-se erros banais. Aí recomeça o ciclo. Sobre o "aprender com os erros dos outros", não vou entrar neste mérito. Ainda não sou um professor de mim mesmo capaz de utilizar este recurso didático. </div>Marcelo (Sal)http://www.blogger.com/profile/16670734376914240687noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-21228315.post-1161033407513685552006-10-16T14:16:00.000-07:002006-10-16T14:16:47.516-07:00<div align="center">A FOME DO COMPLETO</div><div align="center"> </div><div align="center">Nem só de pão vive o homem, mas de tudo mais. Vive ele de comida, vive ele de alegria, vive ele de prazer, vive ele de cultura. Amor, paz, soberania, autonomia... Enquanto houver homem, haverá complexidade. Eis o ser que merece todos os olhares possíveis: A biologia tenta vê-lo como um emaranhado protéico, uma "reação" ambulante... As ciências sociais tenta vê-lo como ser, oras, social! Uma metamorfose cultural ambulante,,, Sim... somos tudo isso... A terra ficará mais fácil de se morar quando nela houver pessoas que percebam o que são: seres sociais, antropológicos, psicológicos, biológicos, ecológico... lógico! Enquanto houver partes, não se verá o todo. Enquanto o biólogo estudar apenas o biológico e o cientista social estudar apenas o social, não seremos, verdadeiramente estudados, compreendidos... O homem se conhece pouco... eis uma das justificativas... Não sabemos quem somos, por que não sabemos ser.</div>Marcelo (Sal)http://www.blogger.com/profile/16670734376914240687noreply@blogger.com0